CNJ aprova resolução para aplicar perspectiva de gênero no Judiciário
Norma determina que todos os magistrados do país sejam treinados

Foto: Agência CNJ
O plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou hoje (14), por unanimidade, a criação de uma resolução para definir as diretrizes de aplicação do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero. A norma determina que todos os magistrados do país sejam treinados para aplicar tais diretrizes.
O cumprimento da medida será acompanhado pelo Comitê de Acompanhamento e Capacitação sobre Julgamento com Perspectiva de Gênero no Poder Judiciário, também criado pela mesma resolução. O novo colegiado deverá estudar e promover a aplicação da metodologia.
O protocolo sobre a perspectiva de gênero funciona como uma espécie de guia, explicando como aplicar conceitos e reduzir a reprodução de estereótipos por juízes e juízas. A conselheira Salise Monteiro Sanchotene, relatora da nova resolução, disse haver muito trabalho a fazer.
“Muitos juízes não têm aplicado o protocolo como deveriam, ainda com rotulações da participação feminina, com estereótipos de gênero que não são bem-vindos no processo”, disse a respeito de análises feitas pelo próprio CNJ sobre a atuação de magistrados pelo país.
Nesta terça (14), a presidente do CNJ, ministra Rosa Weber disse que a nova resolução trata “de cumprir a igualdade material entre homens e mulheres e, em última análise, cumprir a Constituição, nada mais do que isso”.
Na semana passada, Weber já havia defendido a metodologia. Na ocasião, ela lembrou como as leis e normas do país foram historicamente concebidas “de forma a não considerar a mulher como ator político e institucional relevante na sociedade”, motivo pelo qual é necessário agora aplicar uma “lente de gênero” sobre essas normas abstratas, de modo a garantir igualdade de tratamento de fato.
“A abordagem teórica dos conceitos, em especial o da imparcialidade, exige de nós postura atenta às desigualdades históricas e estruturais no contexto social dos grupos vulneráveis, caso das mulheres, marcado por padrões discriminatórios reproduzidos nos desenhos institucionais e jurídicos”, acrescentou a ministra.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 19/05/2025
STF inicia depoimentos de testemunhas da trama golpista
Desta segunda (19) ao dia 2 de junho serão ouvidas 82 pessoas
- Por REDAÇÃO
- 12/05/2025
Lula se reúne com empresários chineses em Pequim
Primeiro dia de visita oficial será focado em negócios
- Por REDAÇÃO
- 07/05/2025
Projeto que aumenta número de deputados para 531 tem urgência aprovada
Parlamentares agora começam a discutir o mérito do texto
- Por REDAÇÃO
- 05/05/2025
Prefeitura de Caruaru inicia oficialmente os trabalhos da Secretaria de Sustentabilidade e Bem-Estar Animal
Reunião no Palácio Jaime Nejaim marca início oficial das atividades da...
- Por REDAÇÃO
- 02/05/2025
Prefeito de Pesqueira deve retomar cargo neste sábado (3)
Afastamento de 30 dias de Marcos Xukuru não foi prorrogado pela Justiça...
- Por REDAÇÃO
- 30/04/2025
Novo Conselho da Mulher é definido em Caruaru; veja os nomes
Representantes da sociedade civil foram eleitas para o biênio 2025/2026