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Pernambuco atinge 3,5 milhões de endividados em agosto, segundo Serasa


Por: REDAÇÃO Portal

Inadimplência no estado subiu 7,6% em comparação a agosto de 2024

Inadimplência no estado subiu 7,6% em comparação a agosto de 2024

Foto: Towfiqu barbhuiya/Pexels

29/09/2025
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Em agosto deste ano, Pernambuco registrou 3,5 milhões de pessoas inadimplentes, o que representa 49,7% da população adulta do estado. No total, foram contabilizadas 10 milhões de dívidas, somando R$ 18 bilhões. O número de inadimplentes subiu 0,19% em relação a julho e 7,6% na comparação com agosto de 2024, o que significa 253 mil pessoas a mais com contas atrasadas em um ano.

Segundo a economista Rita Pedrosa, da Estácio, a alta mostra a fragilidade financeira das famílias. Apesar do crescimento mensal ter sido pequeno, a elevação anual preocupa e reflete o limite do endividamento. Ela aponta que os juros elevados, com a Selic mantida em 15% ao ano, encarecem o crédito e dificultam renegociações. O cartão de crédito segue como principal vilão, por cobrar uma das taxas mais altas do mercado.

O impacto desse cenário é direto na economia estadual. A inadimplência reduz a segurança financeira das famílias, diminui o consumo e enfraquece setores como comércio e serviços. Para a economista, o problema atinge especialmente a população de baixa renda e pode ampliar os riscos de estagnação econômica também em nível nacional.

Os dados mostram que o ticket médio por inadimplente em Pernambuco chega a R$ 5.167,98, enquanto o valor médio por dívida é de R$ 1.710,80. Isso significa que cada pessoa acumula, em média, mais de três dívidas. Para Rita, esses valores indicam que o endividamento não é pontual, mas estrutural, comprometendo cerca de 30% da renda mensal das famílias.

Entre os sinais de alerta estão o aumento da fatia do orçamento comprometida com dívidas e a dificuldade em pagar contas no prazo. Além disso, o uso frequente do crédito rotativo pode transformar atrasos em uma “bola de neve”. Segundo a economista, políticas de renegociação, crédito responsável e educação financeira são fundamentais para conter a escalada da inadimplência no estado.

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