Lula recebe equipe de O Agente Secreto e destaca papel da cultura
Sessão especial do filme foi realizada no Alvorada com convidados

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, na quinta-feira (7), membros da equipe e elenco do filme O Agente Secreto, em sessão especial no Palácio da Alvorada.
É a primeira exibição do filme no Brasil, que teve sua estreia mundial no 78º Festival de Cannes, na França, em maio, quando recebeu aplausos do público por aproximadamente 15 minutos.
“A cultura é temida porque ela desperta a consciência política, fornece informação e não nos permite ser submissos. A cultura nos torna revolucionários, não com armas, mas com comportamento e ideias”, disse Lula, antes da sessão, que também contou com a presença de alguns ministros de Estados e outros convidados.
O diretor Kleber Mendonça Filho e o ator Wagner Moura, protagonista do filme, foram premiados em Cannes por melhor direção e melhor ator, respectivamente.
A produção também concorreu à Palma de Ouro, principal prêmio do evento, mas quem levou foi o longa Um simples Acidente, do cineasta dissidente iraniano Jafar Panahi.
Mendonça afirmou que a exibição do filme no palácio presidencial mostra o respeito do atual governo pela cultura do país.
“Passamos por um momento muito ruim, onde a cultura era atacada, e hoje eu acho que a cultura ela é festejada, ela faz parte da nossa identidade”, disse, em referência ao governo anterior.
"O Agente Secreto é um filme que fala muito sobre o Brasil e a lógica do nosso país, e a lógica do nosso país em relação ao poder e a história. Então, eu estou muito ansioso para que esse filme seja visto pelo povo brasileiro”, acrescentou o cineasta.
Kleber Mendonça Filho também foi diretor de filmes aclamados como Aquarius (2016) e Bacurau (2019).
Oportunidades
O presidente Lula destacou que não há dúvidas sobre a capacidade do Brasil diante das premiações que o cinema nacional vem conquistando, citando ainda as conquistas dos filmes Ainda Estou Aqui no Oscar, nos Estados Unidos, e de O Último Azul no Festival de Berlim, na Alemanha.
“O que precisamos, na verdade, é criar oportunidades para que as pessoas possam se apresentar com a grandeza que cada um de nós possui”, afirmou, ao lembrar a importância de o Brasil estar, novamente, fora do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
“Paulo Freire afirmava que não existe um ser humano mais inteligente que outro […]. Se todos tiverem acesso à alimentação, todos aprenderão. Dessa forma, junto à apresentação deste filme, a grande alegria é que, neste mês, recebemos da FAO a informação de que o Brasil, em apenas dois anos e meio, saiu novamente do Mapa da Fome, situação que envergonhava o país. Essa é uma conquista que vale tanto quanto o Oscar, Cannes ou Berlim”, comemorou.
Por outro lado, Lula se emocionou ao lembrar das crianças que estão morrendo de fome e desnutrição na Faixa de Gaza em meio ao bloqueio de Israel à entrada de ajuda humanitária internacional . “Chegamos à triste realidade de oferecer comida e água às crianças antes que venham a falecer”, disse.
Cultura brasileira
O Agente Secreto, ambientado no Brasil de 1977, conta a história de Marcelo, um professor especializado em tecnologia, que foge do passado violento e misterioso, mudando da capital São Paulo para Recife (PE), em plena semana do carnaval. Ele descobre, então, que está sendo espionado pelos vizinhos.
O longa-metragem é uma coprodução entre Brasil, Alemanha, França e Holanda, e contou com recursos do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), vinculado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), com apoio do Ministério da Cultura (MinC).
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que o Brasil foi o homenageado no Festival de Cannes neste ano, sendo uma grande abertura para o mercado de filmes.
Ela contou que o governo trabalha na ampliação do número de salas de cinema no país, além das 5,4 mil existentes. Serão mais 100 até o fim do mandato, segundo a ministra.
“Estamos fazendo esse projeto, o projeto de nacionalizar as oportunidades, nacionalizar o acesso à cultura, está na Constituição e a gente está buscando cumprir”, disse.
Wagner Moura contou que se emocionou ao ver a ministra Margareth em Cannes e afirmou a felicidade em ver um governo que acredita na cultura como ferramenta para o desenvolvimento do país.
“Eu vi o Estado brasileiro se fazendo presente, apoiando um filme brasileiro, outros projetos brasileiros que estavam em Cannes, não só o nosso. E eu só quero dizer isso, como é emocionante, como é o presidente ligar para a gente para dizer parabéns, esses artistas brasileiros representam o povo brasileiro”, disse o ator, citando a recriação do Ministério da Cultura.
Em 2019, no primeiro ano da gestão Jair Bolsonaro, a pasta foi extinta e, em 2023, recriada pelo presidente Lula.
Por Agência Brasil
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