São mais de 337 mil pessoas, que mesmo aptas a receber o auxílio, ainda não tiveram acesso a ele
Foto: Reprodução/G1
Substituto do Programa Bolsa Família, o Auxílio Brasil tem o intuito de atender famílias em situação de pobreza e extrema pobreza no país. Mas até que a política de assistência social chegue a essa população, o caminho tem sido longo. No Brasil, a busca pelo benefício tem sido superior ao tempo de atendimento. O resultado disso são as inúmeras filas de espera que diariamente presenciamos em todo o país. Em Pernambuco não é diferente, o estado tem a quinta maior fila de espera pelo benefício: São mais de 337 mil pessoas, que mesmo aptas a receber o auxílio, ainda não tiveram acesso a ele. O levantamento é da Confederação Nacional de Municípios (CNM).
De acordo com o estudo, ao todo, são 208.197 famílias em Pernambuco que seguem na fila do Auxílio Brasil. Especificamente 337.057 pernambucanos que esperam pela aprovação do benefício. A morosidade, segundo o Cientista Social e Professor de Sociologia da UFPE, Sidartha Sória, se dá devido ao desmantelamento desse tipo de política.
Vale lembrar, que com a aprovação da PEC dos Auxílios, no Congresso Nacional, o benefício passará a ter novo valor mínimo de R$600. Esse aumento ocorre ao mesmo tempo em que cerca de 1,7 milhões de famílias serão incluídas na folha de pagamento, o que pode deixar essas famílias por ainda mais tempo na fila do benefício.
Para o economista e Professor da UNIT, Werson Kaval, o país pode pagar uma conta cara por não ter meios essenciais para o desenvolvimento.
O Nordeste, segundo o último estudo da Confederação Nacional dos Municípios, está em segundo lugar no ranking de regiões na fila de espera, com 963 milhões de famílias. Os números acendem um alerta em relação ao mapeamento das famílias que lutam pelo auxílio, porém continuam a mercê de um sistema.
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