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Economia

Correios conseguem empréstimo de R$ 12 bilhões para iniciar um plano de reestruturação


Por: REDAÇÃO Portal

O dinheiro será bancado por cinco bancos, entre eles o BB e a Caixa Econômica e vai servir até mesmo para pagar o décimo terceiro dos funcionários nesta semana

O dinheiro será bancado por cinco bancos, entre eles o BB e a Caixa Econômica e vai servir até mesmo para pagar o décimo terceiro dos funcionários nesta semana

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

15/12/2025
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Após uma nova rodada de negociações, cinco bancos fecharam uma proposta de empréstimo para socorrer os Correios no valor de R$ 12 bilhões. O valor fica abaixo do que era pretendido pela empresa inicialmente, que buscava cerca de R$ 20 bilhões para garantir a operação até o fim de 2026.

De acordo com o jornal O Globo, estão participando da oferta Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Santander, Itaú e Bradesco.

A taxa de juros deve ficar em até 120% do CDI, no limite do que o Tesouro nacional aceita como taxa para dar garantia ao pagamento do valor. A primeira tentativa de socorro à estatal deu errado justamente porque os juros cobrados pelos bancos chegavam a 136% do CDI, o que impediu a entrada do Tesouro como avalista do acordo.

Somente neste ano, o prejuízo acumulado dos Correios ultrapassa os 6 bilhões de reais. A empresa busca formas de reequilibrar as contas, pagar dívidas e honrar os salários dos funcionários. Para isso, o empréstimo é condicionado a um plano de reestruturação dos Correios com medidas de corte de gastos e aumento de receitas para que a estatal volte a ter lucro em 2027.

Apesar de ser um valor menor do que a empresa projetava, o valor de empréstimo de 12 bilhões vai servir para pagar, por exemplo, o 13º salário dos trabalhadores, mas a solução para a empresa ainda está longe, como destaca o economista César Bergo, da Universidade de Brasília.

Para voltar a ter lucro em 2027, no entanto, os Correios vão precisar de uma reestruturação que requer um ajuste entre 6 bi a 8 bilhões no seu orçamento anual, entre cortes de gastos e aumento de receitas. Entre as medidas de ajustes estão um plano de demissão voluntária de 15 mil trabalhadores, além do fechamento de mais de mil agências entre 2026 e 2027.

Por Agência Brasil

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