Varejo em Pernambuco registra crescimento em comparação ao ano anterior

Segundo os dados levantados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE), em Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE, o varejo pernambucano apresentou desempenho estável em fevereiro, com crescimento de 0,7% em relação ao mês anterior. Demonstrando a retomada do varejo, a categoria registrou avanço de 8,3% em comparação a fevereiro de 2023.

Já o varejo ampliado no estado, que inclui veículos, peças e acessórios, materiais de construção e o atacado de produtos alimentícios, bebidas e fumo, apresentou crescimento de 2,4% em fevereiro na comparação mensal. Já na comparação anual, o setor registra expansão de 9,8%.

Para o economista da Fecomércio Pernambuco, Rafael Lima, esse crescimento é atribuido, em parte, à queda da taxa Selic. "A redução da taxa torna o crédito mais acessível ao consumidor para fazer novos investimentos, financiamentos, empréstimos. Além disso, por conta também dos aumentos relacionados aos casos de dengue no país e atendimentos aos sintomas gripais em relação ao aumento do setor farmacêutico", disse.

No Recife, por exemplo, o SUS notificou 1.969 casos de sintomas gripais em janeiro, enquanto em fevereiro o número foi de 7.933. O aumento dos casos justifica o aumento da demanda por itens farmacêuticos e explica o aumento do volume de vendas do segmento.

Ainda segundo o economista, a expectativa para os próximos meses continua sendo de avanço no setor. "Apesar da estabilidade em fevereiro, as perspectivas para o varejo pernambucano são positivas no médio e longo prazo. A retomada da confiança do empresário de bens duráveis, impulsionada pela melhora do mercado de trabalho e da renda familiar, deve contribuir para o crescimento do setor nos próximos meses", disse.

No Brasil, o destaque no varejo ampliado ficou por conta das atividades de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, que registraram maior avanço (9,9%) em relação ao mês de janeiro, seguido por artigos de papelaria (3,2%).