Teto de juros do consignado do INSS cairá para 1,91% ao mês
Medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social
Foto: Agência Brasil
Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pagarão menos nas futuras operações de crédito consignado. Por 14 votos a 1, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) aprovou nesta quinta-feira (17) o novo limite de juros de 1,91% ao mês para essas operações.
O novo teto é 0,06 ponto percentual menor que o antigo limite, de 1,97% ao mês, nível que vigorava desde março. O teto dos juros para o cartão de crédito consignado caiu de 2,89% para 2,83% ao mês. Propostas pelo próprio governo, as medidas entram em vigor assim que a instrução normativa for publicada no Diário Oficial da União.
A justificativa para a redução foi o corte de 0,5 ponto percentual na Taxa Selic (juros básicos da economia). No início do mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos de 13,75% para 13,25% ao ano.
Durante a reunião, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse que a pasta pretende propor novas reduções no teto do consignado à medida que a Selic cair. As mudanças têm de ser aprovadas pelo CNPS. Ele também disse que os bancos oficiais cobram taxas menores que o novo teto de 1,91% ao mês. O Banco do Brasil cobra 1,77% ao mês. A Caixa, 1,7% ao mês.
Apenas o representante da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) votou contra. A entidade pediu que a votação fosse adiada porque a oferta de crédito consignado está encolhendo, mas a reivindicação não foi aceita.
Impasse
O limite dos juros do crédito consignado do INSS foi objeto de embates no início do ano. Em março, o CNPS reduziu o teto para 1,7% ao ano. A decisão opôs os Ministérios da Previdência Social e da Fazenda.
Os bancos suspenderam a oferta, alegando que a medida provocava desequilíbrios nas instituições financeiras. Sob protesto das centrais sindicais, o Banco do Brasil e a Caixa também deixaram de conceder os empréstimos porque o teto de 1,7% ao mês era inferior ao cobrado pelas instituições.
A decisão coube ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que arbitrou o impasse e, no fim de março, decidiu pelo teto de 1,97% ao mês. O Ministério da Previdência defendia teto de 1,87% ao mês, equivalente ao cobrado pela Caixa Econômica Federal antes da suspensão do crédito consignado para os aposentados e pensionistas. A Fazenda defendia um limite de 1,99% ao mês, que permitia ao Banco do Brasil, que cobrava taxa de 1,95% ao mês, retomar a concessão de empréstimos.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 07/05/2024
Senado analisa proposta que aumenta limite de faturamento para MEIs e micro e pequenas empresas
Projeto poderá mudar MEI
- Por REDAÇÃO
- 07/05/2024
Devido a alta da dengue no estado, setores econômicos podem perder R$ 84,5 milhões até o fim do ano
Segundo Fiepe, o impacto financeiro até o momento foi de R$ 35,5 milhões
- Por REDAÇÃO
- 06/05/2024
Juros de cartão de crédito crescem e atingem 421,3% ao ano em março
Saldo do crédito livre às pessoas físicas cresce 8,2% em 12 meses
- Por REDAÇÃO
- 06/05/2024
Produção industrial cresce 0,9% em março, diz IBGE
É o segundo avanço consecutivo do setor
- Por REDAÇÃO
- 06/05/2024
Dias das Mães: bares e restaurantes esperam aumento de 20% nas vendas
Empresas estão animadas, diz presidente da Abrasel, Paulo Solmucci
- Por REDAÇÃO
- 03/05/2024
Índice de inadimplentes eleva no 1º tri, mas tem 8ª queda mensal seguida no País
Indicador desacelerou o ritmo de crescimento de 3,0% em fevereiro para 2,1%...