Privatização sobre a vacina da covid-19 

Em entrevista à CBN Caruaru, nesta quarta-feira (10), o professor João Antônio, e o sociólogo e professor universitário, Lucas Galindo, discutiram sobre a polêmica em torno da privatização sobre a vacina da covid-19. Ambos ressaltaram os prós e contras a privatização, João defendendo a ação como positiva para a sociedade, e Lucas Galindo como negativa. 

Dentre as afirmações do professor João Antônio, ele argumenta que o SUS não aguentaria toda a demanda de pacientes no país sem o sistema de saúde privado. E o mesmo se aplica ao caso da vacina da covid-19, afirmando, que a proibição da compra por empresas e clínicas privadas, fere um princípio de livre iniciativa. De acordo com ele, se uma clínica privada comprasse suas próprias doses, isso desafogaria o próprio sistema público de saúde. “Centralizar o poder da vacina torna menos eficiente”, afirma João. 

Já o sociólogo Lucas Galindo, destaca que essa medida ampliaria a desigualdade e o número de mortos. “Privatizar as vacinas acabaria com a lista igualitária de espera, os ricos sobrevivem e os pobres? A gente está tratando de vidas humanas”, afirma o sociólogo. Ele comenta que a sede de lucro é muito maior do que a preocupação com o bem comum, e se não fosse assim, não estaríamos apenas com 2% da população vacinada. “Em uma competição entre o setor privado e o sus, o pobre é quem sofre”, ressalta Lucas.  E acrescenta que isso é uma questão que precisa ser muito refletida.

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