Preço da gasolina pode alcançar níveis maiores que no fim do governo Bolsonaro
Especialistas preveem aumento médio de 6% nas bombas, elevando o preço para cerca de R$ 5,86 por litro.

Foto: Agência Brasil
O aumento no preço da gasolina anunciado pela Petrobras resultará em valores nas bombas que podem superar os registrados no fim do mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro. Especialistas preveem um acréscimo médio de cerca de 6% nos postos, o que poderia elevar o custo por litro para cerca de R$ 5,86.
Se confirmado, esse patamar representará o maior preço médio desde julho de 2022, quando o litro custava aproximadamente R$ 6,24, ajustado pela inflação. Contudo, mesmo com essa alta, os preços estarão significativamente abaixo do pico atingido anteriormente: em maio do ano passado, a gasolina chegou a custar, em média, cerca de R$ 7,28 nas bombas - que, corrigidos pela inflação, equivaleriam a aproximadamente R$ 7,61 atualmente.
Um levantamento realizado pelo jornal O Globo, com base em dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), revela essa tendência. A pesquisa analisou a evolução mensal média dos preços da gasolina no país e os ajustou de acordo com a inflação acumulada ao longo do período.
Em 2022, uma redução de impostos impactou positivamente o preço da gasolina, porém os valores atingiram seu ápice em maio. Apenas próximo ao final do governo Bolsonaro é que os preços diminuíram, após uma isenção tributária aprovada pelo Congresso poucos meses antes das eleições.
No final de junho, Bolsonaro sancionou uma lei para limitar o ICMS sobre combustíveis. Além disso, o governo zerou os impostos federais sobre gasolina e etanol até o término do ano passado.
Essas medidas fizeram com que, em outubro, os preços caíssem abaixo dos R$ 5 (cerca de R$ 4,89 na época e R$ 5,12 nos preços atuais).
Em 2023, o governo Lula gradualmente reintroduziu impostos sobre combustíveis fósseis. A Petrobras chegou a reduzir os preços da gasolina nos primeiros meses do ano, contrabalançando, em parte, a reintrodução das taxas. Agora, a empresa estatal aumentou os valores cobrados nas refinarias devido à elevação nos preços internacionais do petróleo.
Logo após assumir o cargo, Lula assinou uma medida provisória (MP) para manter a isenção de impostos federais (PIS/Cofins e Cide) sobre gasolina e etanol por 60 dias, visando evitar um impacto negativo. No entanto, ele estipulou que a retomada dos tributos ocorreria em duas etapas: metade em 1º de março e metade em 1º de julho. Em março, houve um retorno parcial do imposto, e em julho, a alíquota completa de PIS/Cofins foi reimposta.
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