Segundo dados do IBGE, taxa de desemprego no Brasil já registrou alta e atualmente atinge 14,2%
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O fim do Benefício para a Manutenção de Emprego e Renda (BEM), criado para permitir que as empresas reduzissem jornada de trabalho e salários dos funcionários durante a pandemia, o atual cenário econômico e a nova onda de casos da covid-19 preocupam os brasileiros e geram incertezas nos primeiros meses de 2021, sobre a geração de emprego.
Pesquisa realizada pelo Datafolha mostra que 57% dos brasileiros acham que o desemprego deve aumentar nos próximos meses. Para outros 21% a situação fica estabilizada e apenas 20% acreditam que a taxa de desemprego deve diminuir. A pesquisa foi realizada por telefone, entre 8 e 10 de dezembro de 2020, com 2.016 pessoas. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já demonstram alta na taxa de desemprego no Brasil, que chegou a 14,2% em novembro de 2020. Sendo esse, o maior nível desde o início da pandemia do novo coronavírus. No auge da pandemia, foram eliminadas principalmente as vagas de baixa qualificação e, portanto, salários mais baixos, e em setores como comércio e serviços, duramente afetados pelas medidas de distanciamento social.
Em entrevista concedida ao programa CBN Recife, o economista e sócio-diretor da PPK Consultoria, João Rogério Alves Filho afirma que o primeiro trimestre de 2021 será um dos mais desafiadores que já tivemos em nosso tecido social, pois o fim do auxílio ao trabalhador terá um impacto social forte e pode acarretar no crescimento do número de desempregados.
"O fim dos efeitos MP-936, que permitia a redução na jornada e suspensão de contratos de trabalho, tende a fazer com que os empregadores que não consigam mais arcar com essas despesas, promovam as rescisões dos contratos, aumentando o contingente de desocupados", afirma o economista.
Confira outras informações na entrevista completa com João Rogério Alves Filho, disponível no play acima.
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