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Saúde

Outubro rosa e a verdade sobre o autoexame das mamas 


Por: REDAÇÃO Portal

Docente do UniFavip e especialista em Ginecologia e Obstetrícia mostra o porquê de o Ministério da Saúde e o INCA desaconselharem o autoexame 

Docente do UniFavip e especialista em Ginecologia e Obstetrícia mostra o porquê de o Ministério da Saúde e o INCA desaconselharem o autoexame 

Foto: Divulgação

01/10/2021
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O outubro rosa é um Movimento Internacional de conscientização para o controle do câncer de mama e foi criado no início da década de 1990 com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade. 

“Por muito tempo, durante a Campanha, foi estimulada a realização do autoexame das mamas para que as mulheres conseguissem identificar e tratar precocemente o câncer, no entanto, o que muitas pessoas não sabem é que essa prática foi desaconselhada pelo Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), há mais de uma década”, afirma a enfermeira especialista em Ginecologia e Obstetrícia e docente em enfermagem no UniFavip, Andressa Oliveira, que ressalta o quanto ainda é propagada a forma errada por meio do autoexame. 

Segundo ela, apesar de já ter mais de uma década que o Ministério da Saúde e o INCA deixaram de indicar o autoexame, ainda hoje é comum as pessoas se depararem com a recomendação de que palpar os seios e a região da axila em um certo momento do mês. “Muitos médicos sinalizam que é importante para descobrir precocemente um tumor. Na maioria dos casos, ao palpar os seios é muito difícil realizar um diagnóstico precoce. Isto é: identificar pequenos caroços (com cerca de 1 cm) ou que ainda estejam restritos ao ducto mamário. Nesse estágio inicial, a chance de "cura" é aumentada em 95%”, reitera a professora. 

A enfermeira reforça que, “no autoexame, geralmente a mulher só encontra tumores com mais de 2 cm, o que significa que o câncer já pode estar em um nível avançado. Por isso, a recomendação é que a mulher continue palpando os seios sempre que se sentir confortável para tal. Seja no banho, seja no momento da troca de roupa, seja em outra situação do cotidiano, o ideal é que a mulher não se preocupe com técnica ou momento do mês específico”, destaca. Ela explica que o problema de realizar o autoexame de forma “metodizada” é que, ao palpar e não encontrar nada, a pessoa pode acreditar que não tem problema algum e deixar de fazer avaliações de rotina que detectariam a doença precocemente.  

"Palpar os seios em casa é indicado apenas como uma forma da pessoa conhecer seu próprio corpo e procurar um especialista se encontrar algo diferente. Não é considerado um exame preventivo. Quando falamos em prevenção, devemos enfatizar os hábitos saudáveis [não fumar e beber], dieta equilibrada, prática de exercícios frequente e a visita regular ao ginecologista. Enquanto no autoexame é difícil identificar um tumor em estágio inicial, na mamografia é possível encontrar esses pequenos nódulos irregulares e diminuir o número de mortes relacionadas ao problema”, conclui.

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