Novo projeto em Suape posiciona o Nordeste na rota de exportação de grãos e combustíveis verdes
Investimento de R$ 580 milhões integra o Plano Nacional de Logística do PAC3 e amplia estrutura para movimentação de commodities e energias renováveis

Foto: Divulgação
O Complexo Industrial Portuário de Suape apresentou ao Ministério dos Transportes proposta para construção de dois novos cais públicos, o Cais 6 e o Cais 7. O investimento de R$ 580 milhões será destinado às obras de infraestrutura que fazem parte do Plano Nacional de Logística, dentro da nova fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o PAC3.
Com o novo projeto, o porto pretende atrair a movimentação de grãos produzidos fora do Nordeste, especialmente da região do Matopiba — formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Também está previsto um novo pátio para combustíveis de baixa emissão de carbono, como e-metanol e hidrogênio verde. Esses combustíveis fazem parte de projetos em desenvolvimento no complexo com empresas como a European Energy, que já atua na área.
A proposta foi elaborada após a conclusão da dragagem do canal externo do porto, que agora possui 20 metros de profundidade. A medida permite o recebimento de navios de grande porte, em qualquer horário e independente da maré. A dragagem do canal interno também está em andamento, com previsão de conclusão até o fim do ano. A profundidade será padronizada em 16,2 metros, com áreas específicas chegando a 18,5 metros.
O Cais 6 foi incluído entre os 12 projetos selecionados pelo Ministério de Minas e Energia na chamada pública voltada para a transição energética. Já o Cais 7 está alinhado aos interesses do Consórcio SUA Granéis, que já opera no Porto de Suape e pretende ampliar as exportações de grãos da região do Matopiba a partir do novo terminal.
De acordo com a administração de Suape, a estratégia é oferecer uma alternativa aos grandes portos do país, como o de Santos, onde a espera de atracação pode ultrapassar duas semanas em períodos críticos. Em Suape, esse tempo é, atualmente, de até 36 horas.
O deslocamento rodoviário até Pernambuco seria compensado pela redução no tempo de espera dos navios, o que pode tornar a operação mais eficiente. O tema foi debatido em 2024 durante visita do diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, também consultor da Aprosoja.
Para viabilizar as obras, foram destinados R$ 140 milhões para o canal externo, com recursos do governo estadual. A dragagem do canal interno conta com investimento de R$ 199,7 milhões, sendo R$ 100 milhões do Ministério de Portos e Aeroportos e o restante com recursos do estado
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