Intenção de consumo melhora em setembro, recuperando o patamar observado em junho
O ICF é um indicador que acompanha as tendências no comportamento de consumo das famílias no curto prazo
Foto: Agência Brasil
Apesar de demonstrar recuperação, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) aponta um avanço abaixo do esperado, segundo o recorte estadual realizado pela Fecomércio-PE. O ICF subiu 4,0%, marcando 67,7 pontos em setembro e recuperando o patamar observado em junho, final do segundo trimestre. A oscilação traz a expectativa de uma possível reversão da tendência observada até agosto, quando a média móvel trimestral era de 66,3 pontos.
O ICF é um indicador que acompanha as tendências no comportamento de consumo das famílias no curto prazo, baseado em suas perspectivas sobre mercado de trabalho, renda e crédito para compras. Os índices são mensurados de acordo com a situação das famílias com relação ao ano anterior e as suas expectativas para os próximos seis meses, variando de 0 a 200 pontos, indicando insatisfação, ou pessimismo, quando abaixo de 100 pontos e satisfação, ou otimismo, quando acima de 100 pontos.
Apesar da melhora do indicador nesse final de terceiro trimestre, o ICF ainda se encontra muito abaixo do nível de indiferença - que é de 100 pontos - e também abaixo do nível de intenção registrado no final do terceiro trimestre, em março, quando chegou a 70,6 pontos, expressando melhora significativa em relação ao cenário do segundo semestre de 2020.
A persistência de baixa intenção de consumo vem refletindo a desconfiança das famílias com relação à dinâmica do mercado de trabalho. Apesar do saldo positivo na geração empregos formais até julho, com 28,2 mil novos postos de trabalho – chegando a 40,7 mil quando se isola a sazonalidade da atividade sucroalcooleira –, a taxa de desemprego ainda é muito alta no estado, ficou em 21,6% no mês de junho, sendo inclusive a mais elevada da série histórica divulgada pelo IBGE desde 2012.
Mesmo com essa percepção mais cautelosa com relação ao mercado de trabalho e à renda, as famílias seguem melhorando a avaliação da situação atual e das perspectivas sobre o consumo no curto prazo, apoiadas na esperança da imunização integral da população e na consolidação de efeitos positivos sobre o emprego.
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