Inflação para famílias de baixa renda é maior em Norte e Nordeste
Dados mostram variação de preços ao consumidor em diversas regiões

Foto: Agência Brasil
O Índice de Preços ao Consumidor regional (IPC-Regional), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou taxas de inflação mais elevadas para os consumidores de renda mais baixa, até 1,5 salário mínimo nas regiões Norte e Nordeste. No Norte, a taxa acumulada em 12 meses, até março deste ano, ficou em 4,70%.
Essa também foi a única região onde a inflação para aqueles com renda mais baixa superou a alta de preços para aqueles com renda mais alta (ou seja, com renda maior que 11,5 salários mínimos), os quais tiveram inflação de 4,14%.
No Nordeste, a inflação da renda baixa ficou em 4,57%, pouco abaixo dos 4,70% da alta renda. Ainda assim a alta de preços daqueles com renda mais baixa no Nordeste ficou acima das taxas observadas para a baixa renda no Sudeste (3,03%), Sul (3,12%) e Centro-Oeste (2,24%).
Nessas regiões, a alta renda teve as seguintes taxas: Sudeste (4,05%), Sul (4,41%) e Centro-Oeste (3,23%).
Acumulado em 3 anos
A pesquisa, que foi divulgada pela primeira vez na última terça-feira (9), pela FGV, traz os produtos que mais contribuíram para a inflação da baixa e da alta rendas, no período acumulado de janeiro de 2020 a março deste ano.
Segundo a FGV, no Nordeste, os produtos que mais puxaram a alta de preços nesse período de três anos e três meses, foram o gás de botijão, tarifa de eletricidade residencial, pão francês e aluguel residencial. Também aparecem na lista outros itens de alimentação, como frango inteiro, arroz, cebola e tomate.
Para a renda alta, os itens que mais pesaram são automóvel novo, gasolina, passagem aérea e plano de saúde. “É bem diferente com a inflação dos últimos três anos afetou famílias ricas e pobres no Nordeste”, afirma o coordenador de índices de preços da FGV, André Braz.
No Norte, a inflação de baixa renda foi mais impactada pelas altas do gás de botijão, frango inteiro, eletricidade residencial e farinha de mandioca. Também aparecem itens alimentícios como polpa de fruta, carne moída, sanduíches e pão francês. Já a alta renda teve mais impacto do automóvel novo, material para reparos de residência e licenciamento de IPVA.
Nas demais regiões, alimentos também aparecem como destaques para a renda mais baixa, assim itens como gás de botijão, energia elétrica e aluguel. Já entre os mais ricos, são itens comuns entre as regiões, itens como automóvel novo, plano de saúde, gasolina, comida fora de casa e IPVA.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 11/07/2025
Mapa vai buscar novos mercados para substituir exportações aos EUA
Oriente Médio, Sul Asiático e Sul Global podem ser alternativas
- Por REDAÇÃO
- 11/07/2025
Governo abrirá crédito de R$ 3 bi para ressarcir descontos ilegais
INSS: cerca de 3,8 milhões de pessoas devem receber R$ 2,6 bilhões
- Por REDAÇÃO
- 11/07/2025
Lira amplia redução parcial de IR para quem ganha até R$ 7.350
Relator manteve alíquota máxima de 10% para altas rendas
- Por REDAÇÃO
- 11/07/2025
Governo cria IPI Verde e zera imposto para carros sustentáveis
Decreto regulamenta programa Mover e não terá impacto fiscal
- Por REDAÇÃO
- 11/07/2025
Crescimento econômico, café e energia reforçaram inflação, diz BC
Órgão divulgou carta justificando IPCA acima do teto da meta
- Por REDAÇÃO
- 11/07/2025
Dólar sobe para R$ 5,54, mas fecha distante da máxima do dia
Bolsa de valores cai 0,54% e atinge menor nível desde fim de junho