Inflação desacelera para todas as faixas de renda em agosto
Famílias que ganham muito pouco têm menor inflação acumulada: 3,72%

Foto: Reprodução
A inflação desacelerou para todas as classes de renda em agosto na comparação com julho deste ano. Para as famílias de renda muito baixa, ela recuou de 0,09% para -0,19% no mês passado. Para as famílias de renda alta, que registraram aumento de 0,80% em julho, o resultado de agosto ficou em 0,13%. Os dados são do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, divulgado nesta quinta-feira (12) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Todas as classes de renda apresentaram desaceleração da inflação acumulada em 12 meses. As famílias de renda muito baixa tiveram a menor inflação acumulada no período (3,72%), enquanto a faixa de renda alta anotou o percentual mais elevado (4,97%).
Os grupos alimentos e bebidas e habitação foram os principais pontos que influenciaram a queda inflacionária para praticamente todos os segmentos de renda. As deflações registradas em setores importantes - cereais (-1,3%), tubérculos (-16,3%), hortaliças (-4,5%), aves e ovos (-0,59%), leites e derivados (-0,05%) e panificados (-0,11%) - provocaram um forte alívio inflacionário, especialmente para as famílias de menor poder aquisitivo, visto que a parcela proporcionalmente maior do seu orçamento é gasta com a compra desses bens.
Energia elétrica
Em relação à habitação, a queda de 2,8% nos preços de energia elétrica – refletindo o retorno da bandeira tarifária verde e das reduções tarifárias em algumas capitais – contribuiu para diminuir a inflação em agosto.
No caso das famílias de renda alta, mesmo com a deflação dos alimentos, da energia e a queda de 4,9% nos preços de passagens aéreas, o reajuste de 0,76% das mensalidades escolares fez com que o grupo educação exercesse forte contribuição para a inflação dessa classe.
O aumento dos planos de saúde (0,61%), dos serviços médicos e dentários (0,72%) e das despesas pessoais (0,25%) também ajuda a explicar esse quadro de pressão inflacionária nos segmentos de renda mais elevada, em agosto.
“A desaceleração da inflação corrente em relação ao registrado em agosto do ano passado é explicada, em grande parte, pela melhora no desempenho dos grupos habitação e saúde e cuidados pessoais. No primeiro caso, a alta no preço da energia elétrica em 2023 (4,6%) ficou bem acima da queda apontada em 2024 (2,8%). Já para o grupo saúde e cuidados pessoais, o alívio inflacionário em agosto deste ano veio da deflação de 0,18% dos artigos de higiene, que contrasta com os reajustes de 0,81%, em agosto de 2023”, diz o Ipea.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 24/03/2025
Mulheres contraem mais dívidas e são mais empenhadas em quitá-las
Pesquisadores veem menor renda entre os motivos do endividamento
- Por REDAÇÃO
- 24/03/2025
Consignado CLT recebe 36 milhões de simulações em três dias
Foram mais de 3 milhões de propostas e 7,6 mil contratos firmados
- Por REDAÇÃO
- 24/03/2025
Receita inicia consulta a lote da malha fina do IR
Cerca de 120 mil contribuintes receberão R$ 253,88 milhões
- Por REDAÇÃO
- 24/03/2025
Mais de 40 milhões simulam consignado para CLT até domingo
Foram mais de 4,5 milhões de propostas e 11 mil contratos firmados
- Por REDAÇÃO
- 21/03/2025
Abras aponta queda de 4,25% no consumo de brasileiros em fevereiro
Supermercados esperam melhor desempenho no fechamento do trimestre
- Por REDAÇÃO
- 21/03/2025
Receita recebe quase 2,3 milhões de declarações do IRPF
Prazo para entrega termina às 23h59min59s de 30 de maio