Haddad classifica de “surpresa” alta de 1 ponto dos juros básicos
Ministro diz estar perseguindo metas e que pacote fiscal é viável
 
                            Foto: Diogo Zacarias/MF
A elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic (juros básicos da economia) representa “surpresa por um lado”, mas já estava prevista pelo mercado financeiro, disse  o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele disse estar perseguindo as metas fiscais e ressaltou que o pacote de corte de gastos enviado ao Congresso é “adequado e viável politicamente”.

“Foi surpresa por um lado. Mas, por outro lado, tinha uma precificação [do mercado financeiro] nesse sentido. Vou ler com calma, analisar o comunicado, falar com algumas pessoas depois do período de silêncio”, declarou Haddad ao deixar o Ministério da Fazenda cerca de uma hora após o fim da reunião do Copom, sem entrar em detalhes sobre a decisão do BC.
Até meados do ano passado, Haddad comentava explicitamente as decisões do Copom, criticando o atraso do Banco Central em começar a reduzir os juros e o tom de alguns comunicados. Quando a autoridade monetária começou a reduzir a Selic, em agosto do ano passado, o ministro celebrou a decisão.
Pacote fiscal
Sobre o pacote fiscal, Haddad disse que uma semana é suficiente para as medidas serem aprovadas na Câmara dos Deputados e no Senado, mesmo com o impasse na liberação de emendas parlamentares. Segundo o ministro, o ajuste fiscal, estimado em R$ 71,9 bilhões até 2026 e em R$ 327 bilhões até 2030, foi o viável politicamente.
“Esse tipo de coisa é difícil de processar no Congresso Nacional. A gente mandou um ajuste que consideramos adequado e viável politicamente. Você pode mandar o dobro para lá, mas o que vai sair [ser aprovado] é o que importa”, afirmou.
O ministro não especificou que pontos o governo pode alterar no projeto que endurece as regras de acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC). No entanto, ressaltou ser possível alterar trechos do projeto. “Se precisar melhorar a redação em algo, vai ser melhorada a redação. Nós estamos confiantes que vamos alcançar aqueles valores [de economia]. Então, nós procuramos calibrar o ajuste para as necessidades de manutenção da política fiscal””, acrescentou Haddad.
Ao ser perguntado sobre o tom duro do comunicado do Copom sobre as perturbações que o pacote de corte de gastos provocou no mercado financeiro, o ministro repetiu que várias instituições financeiras estão refazendo os cálculos de economia e chegando a valores próximos aos divulgados pelo governo.
“Hoje, saiu um relatório de um grande banco aproximando os cálculos dos nossos. Ainda com vários pontos pendentes que não foram considerados e que, se tivessem sido considerados, chegariam mais perto de R$ 65 bilhões nos dois anos [2025 e 2026]”, comentou.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 24/10/2025
Contas externas têm saldo negativo de US$ 9,8 bilhões em setembro
Investimentos diretos no país somaram US$ 10,7 bilhões
- Por REDAÇÃO
- 24/10/2025
Anvisa proíbe lote falso de chá e suplementos inseguros para o consumo
Medida foi tomada após denúncia informar que o produto era falsificado
- Por REDAÇÃO
- 24/10/2025
Caixa credencia revendedoras para o programa Gás do Povo
60 mil empresas podem se cadastrar. Iniciativa substituirá Auxílio Gás
- Por REDAÇÃO
- 24/10/2025
CMN simplifica crédito rural a populações tradicionais e extrativistas
Em alguns casos, foi dispensada a exigência de inscrição no CAR
- Por REDAÇÃO
- 24/10/2025
Governo atinge marca de R$ 200 bilhões em concessões rodoviárias
Desde 2023, foram realizados 18 leilões de rodovias
- Por REDAÇÃO
- 24/10/2025
Receita libera consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda
Cerca de 249 mil contribuintes receberão R$ 602,96 milhões
 
                                 
                         
             
             
             
             
            