Governo planeja anunciar novo conceito de carro popular no Brasil
Especialistas afirmam que, para reduzir os preços, o governo terá que abrir mão de impostos.
Foto: Google Imagens
No Dia da Indústria, nesta quinta-feira (25), o governo pretende revelar um novo conceito de carro popular com o objetivo de atender as vendas no país. No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que algumas das medidas toleradas para reduzir os custos desses veículos só poderão ser implementadas no próximo ano.
No início do mês, durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (Conselhão), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou os altos preços dos automóveis no Brasil. Ele defendeu que a indústria viabilize modelos mais acessíveis, a fim de aumentar as vendas e permitir que a população tenha esses veículos. Lula afirmou que carros populares com preços de R$ 90 milhões não são realmente populares, mas sim destinados à classe média.
Embora haja considerações sobre incentivos para reduzir os preços dos carros, algumas ideias, como oferecer benefícios fiscais às montadoras, vão de encontro ao desafio do governo de aumentar a arrecadação para viabilizar a nova estrutura fiscal e à busca por simplificação do sistema tributário durante a reforma .
O ministro declarou que várias possibilidades foram toleradas, mas algumas delas só poderão ser integradas no próximo ano devido às regras fiscais. Ele mencionou que teria uma conversa com o presidente Lula para discutir essas questões.
O novo conceito de carro popular, que o governo planeja anunciar hoje, difere dos modelos populares conhecidos anteriormente. Embora possam apresentar motores de menor potência, como 1.0, esses veículos devem atender aos requisitos legais de segurança desde 2013, como freios ABS e airbags, além de incluir itens de conforto, como direção hidráulica.
Especialistas afirmam que, para reduzir os preços, o governo terá que abrir mão de impostos. No entanto, observe que o Brasil está na contramão de políticas públicas globais que visam incentivar o uso de carros elétricos.
De acordo com os especialistas, para atingir um preço de R$ 50 mil, como mencionado pelo presidente Lula, as montadoras e adquiridas terão que reduzir suas margens de lucro, o que é considerado difícil, pois elas já afirmaram que as margens são estreitas nos carros de menor valor. Outra possibilidade seria o governo conceder isenções fiscais, embora o Ministério da Fazenda não compartilhe dessa visão, pois busca medidas para aumentar a arrecadação de impostos.
Após a aprovação do arcabouço fiscal, ficou mais difícil utilizar benefícios fiscais, pois as novas regras de controle dos gastos públicos deixam pouco espaço para que o governo abra mão de receitas.
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