Governo avalia prorrogar Auxílio Emergencial até 2022
Programa pode ter parcelas até 2022 caso o governo não consiga emplacar o novo Bolsa Família
Foto: Alan Santos/PR
Pressionado por aliados políticos, o governo federal estuda prorrogar novamente o Auxílio Emergencial. Desta vez, o benefício – que foi criado no ano passado para atender famílias carentes na pandemia – seria estendido até 2022, ao invés de acabar em outubro. As informações foram confirmadas por interlocutores do governo ao jornal Valor Econômico.
A manutenção do Auxílio, no entanto, está longe de ser o mundo ideal para o Ministério da Economia, que luta para encontrar espaços no orçamento para encaixar o Auxílio Brasil. Entretanto, pode ser a saída para evitar que milhões de dependentes do Auxílio fiquem desamparados.
O aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) só servirá para bancar o Bolsa Família turbinado nos últimos dois meses do ano. Para 2022, o governo alega que é necessário aprovar a PEC dos Precatórios para abrir espaço no orçamento. Além disso, a Economia conta com a arrecadação dos impostos sobre dividendos – previstos na reforma do Imposto de Renda.
Durante discurso realizado na última terça-feira (28/09) no interior da Bahia, o presidente Jair Bolsonaro deu sinais de que pretende estender o benefício emergencial. “Temos que trabalhar, sim, para atender a esses que ainda não retornaram ao mercado de trabalho. O Brasil é grande, o Brasil é próspero. Temos um país rico e podemos atender aos mais necessitados por mais algum tempo e pedimos a Deus que essa pandemia se vá logo embora e todos nós possamos voltar logo à normalidade”, disse Bolsonaro.
A medida tem sido defendida pelo ministro da Cidadania, João Roma, mas sofre resistências no Ministério da Economia. No mesmo dia do discurso de Bolsonaro, o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, afirmou que a pasta tem “fortes restrições” à prorrogação.
“No formato de um auxílio emergencial, a gente tem fortes restrições ao desenho que está sendo proposto”, afirmou Bittencourt.
O auxílio emergencial foi criado em 2020 em razão da pandemia de Covid-19 e atende 25 milhões de trabalhadores informais que recebem o benefício fora do programa Bolsa Família.
Atualmente, os pagamentos são realizados em três valores que variam com o perfil das famílias: R$ 150, R$ 250 e R$ 375. A última parcela do benefício está prevista para ser paga em outubro quando, em tese, inicia-se o novo programa de renda mínima, o Bolsa Família “turbinado”, chamado Auxílio Brasil.
Por Correio Braziliense
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