Endividamento de trabalhadores da iniciativa privada cresce 58% após novo consignado
Relatório do Banco Central mostra que a taxa de juros está perto dos 4%
Foto: Pixabay
O novo crédito consignado oferecido à iniciativa privada aumentou o endividamento desses trabalhadores e, em cinco meses, os bancos passaram a cobrar juros mais altos do que o modelo antigo. A nova modalidade foi anunciada pelo governo como forma de dar mais acesso ao crédito ao trabalhador privado com taxas mais acessíveis.
O modelo anterior exigia a assinatura de um convênio entre o banco e a empresa e poucos tinham acesso. Mesmo assim, os juros do novo consignado superam os anteriores: a média tem sido de quase 4% ao mês, quando o antigo modelo ainda oferece de 2,6%. Mesmo assim, as taxas ainda são menores que a de um empréstimo comum, que giram em torno de 6%.
Segundo um relatório do Banco Central, o endividamento desses trabalhadores aumentou 58% no mês da contratação. A taxa média que era de 18 bilhões em fevereiro, antes da nova modalidade, chegou a 33 bilhões de reais em julho. Para o Banco Central, o forte desempenho dessas modalidades indica, possivelmente, uma deterioração do orçamento das famílias. O diretor de política econômica do Banco Central, Diogo Guillen, diz que as altas taxas e o endividamento podem estar relacionados ao perfil de quem busca esse tipo de empréstimo.
O Banco Central afirma que o volume de concessões do novo consignado aumentou significativamente nos últimos meses. Desde março, TRÊS milhões de pessoas tomaram crédito consignado, sendo que mais de DOIS milhões pelo novo modelo - um total de 13,6 bilhões de reais concedidos. Apesar do crescimento expressivo, segundo o BC, a participação do consignado entre todas as ofertas de crédito ainda é pequena: cerca de 5% do total.
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