Empresas de cartão querem que novo crediário tome espaço do parcelamento sem juros
O objetivo é ter uma implementação mais ampla e padronizada, com todos os emissores, bancos e empresas de maquininhas.

Foto: Pixabay
Empresas do setor de cartões querem que o novo crediário, produto que está sendo reprogramado e vai permitir compras parceladas com juros em prazos de pagamento que podem chegar a 60 meses, substitua o parcelado sem juros.
O novo crediário é uma das prioridades da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) para os anos de 2024 a 2026, segundo o presidente da entidade, Giancarlo Greco.
As taxas de juros e prazos do novo crediário para cada cliente vão depender da política de cada banco emissor do cartão, assim como os limites e valores. Clientes de menor risco, tendem a ter taxas menores.
O setor de cartões cresce forte no Brasil e pode movimentar ao todo entre R$ 4,05 trilhões a R$ 4,12 trilhões este ano, uma expansão de até 12% ante 2023. O crescimento será puxado justamente pelo cartão de crédito, que tem se expandido bem mais que o débito, modalidade que tem sofrido a concorrência com o Pix e deve crescer pouco este ano, na casa dos 0,4%.
Um termômetro da popularidade do parcelado sem juro pode ser observado em uma pesquisa feita em 2022, mencionada no congresso anual da Abecs, que começou na terça-feira (12). O levantamento mostra que 75% dos consumidores já tinham utilizado o parcelado sem juros ao menos uma vez. Já o rotativo é bem menos utilizado, pois 82% das pessoas afirmaram que pagam o valor total da fatura no prazo.
Parcelado sem juros
O saldo de crédito da pessoa física no cartão saltou de R$ 238 bilhões em 2018 para R$ 538 bilhões no final do ano passado, segundo dados do Banco Central mostrados no evento da Abecs. Desse número de 2023, apenas 25% do volume pagam juros, realidade bem diferente de outros países, onde há proporção do saldo que há incidência de juros é maior. Nos Estados Unidos, 72% do saldo tem incidência de juros; no Reino Unido, é 52%, e na América do Sul, no Chile, é 66%.
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