Empregadores podem regularizar FGTS de doméstica sem multa até outubro
80.506 não estão em dia com os depósitos
Foto: Shutterstock
Em entrevista na noite dessa quarta-feira (17), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou que os empregadores domésticos poderão regularizar os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de seus empregados até o próximo dia 31 de outubro sem o pagamento de multas.

De acordo com Marinho, dos cerca de 1 milhão de empregadores domésticos no país, 80.506 não estão em dia com os depósitos do FGTS de seus empregados. O número de trabalhadores afetados, segundo o ministro, é de 154.063.
No total, o valor em atraso nos depósitos é da ordem de R$ 375 milhões.
“O ministério não está aqui para multar ninguém. Nós estamos aqui para cuidar e zelar pelos direitos dos trabalhadores. É preciso contar, portanto, com a colaboração dos empregadores”, disse Marinho.
“Até 31 de outubro, eles têm o prazo para, de forma voluntária, regularizar. Não fazendo, serão notificados e aí poderão incorrer em serem multados”, acrescentou.
Formalização
Luiz Marinho também falou sobre a importância da formalização dos trabalhadores no mercado de trabalho. De acordo com o ministro, no Brasil, há aproximadamente 60 milhões de trabalhadores formais e 40 milhões informais.
“A formalização é importantíssima, ajuda em vários aspectos na economia, na Previdência, ajuda na conta do fundo de garantia, nos fundos de investimento para habitação, para infraestrutura, para saneamento básico”, destacou.
O ministro chamou a atenção ainda sobre a falsa informação de que ao ter a carteira de trabalho assinada, o trabalhador deixará de poder receber benefícios sociais, como o Bolsa Família.
“Ainda tem uma lenda que, ao formalizar, assinar carteira profissional, quem tem eventualmente o benefício, perde o benefício. Isso não é exatamente assim, não é automático. Assine a carteira sem medo, porque isso é muito importante para você e para sua família”, disse.
Emprego em alta
Marinho destacou ainda que o país está com taxa de desemprego de 5,6%, a menor da série histórica, iniciada em 2012. No entanto, o ministro criticou a taxa básica de juros no país, mantida hoje em 15% pelo Banco Central.
“Venho reclamando disso desde maio. Na minha avaliação, está excessivamente alto e é preciso entrar no processo de transição. Eu espero que essa reunião de hoje seja reunião de transição para, a próxima, vir com novidades, iniciar um processo de redução gradativa, para colaborar com esse ambiente já bom do mercado de trabalho”.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 07/11/2025
China suspende proibição de compra de carne de frango do Brasil
Associação de produtores comemora retomada de venda do produto
- Por REDAÇÃO
- 07/11/2025
Brasil capta US$ 2,25 bilhões em títulos no mercado internacional
Tesouro emitiu novo título sustentável e título tradicional de 10 anos
- Por REDAÇÃO
- 07/11/2025
Exportações brasileiras batem recorde em outubro, apesar de tarifaço
Ásia e Europa compensaram queda de 37,9% nas vendas para EUA
- Por REDAÇÃO
- 07/11/2025
Saiba quem será contemplado e como funcionará a isenção do IR
Quem ganha até R$ 7.350 por mês vai se beneficiar com a medida
- Por REDAÇÃO
- 06/11/2025
Manutenção da Selic em 15% ao ano preocupa setor produtivo
Indústria, comércio e centrais sindicais criticam decisão do Copom
- Por REDAÇÃO
- 06/11/2025
Por unanimidade, Senado aprova isentar IR para quem ganha até RS 5 mil
Cerca de 25 milhões de brasileiros vão pagar menos imposto