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Economia descentralizada fortalece setor de pecuária no interior de Pernambuco


Por: REDAÇÃO Portal

Até o final do ano, mais de 300 toneladas de carnes devem ser exportadas da planta da Masterboi em Canhotinho

Até o final do ano, mais de 300 toneladas de carnes devem ser exportadas da planta da Masterboi em Canhotinho

Foto: reprodução/Joab Alves

26/09/2023
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O Agreste pernambucano tem se destacado cada vez mais na produção e exportação de proteína animal. Canhotinho, que fica a 206 km do Recife, atualmente é a principal região produtora de carne do estado, sendo a primeira planta industrial frigorífica da Masterboi no Nordeste.

Ainda recém chegada, a planta da Masterboi completou um ano de produção em 15 de agosto deste ano. Apesar disso, já tem permissão para exportar para mais de 90 países da lista Brasil do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). 

Instalada numa área de 111 hectares, com 21 mil metros quadrados de área construída, a Masterboi Canhotinho tem capacidade de abater 700 cabeças de gado por dia, além de ovinos, caprinos e suínos. E gera mais de 500 empregos diretos na região. 

O diretor de Comércio Exterior, Márcio Rodrigues, afirma que o estado tem sido muito receptivo. “É uma planta que trouxe um impacto econômico gigantesco não só para Canhotinho, mas para todo o estado e Nordeste. São mais de 400 cabeças de gado por dia, além do suíno, e ainda mais crescimento na pecuária na região com o aumento do abate.”

Em julho, o Brasil exportou um total de 105,3 mil toneladas de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). E Pernambuco segue no ritmo de crescimento do Brasil no setor de exportação de carne.

Omayra Bezerra, diretora da garantia da qualidade, explica que existe todo um trabalho envolvido no processo. “A gente tem que ter uma equipe qualificada para implementar e monitorar todos os programas de autocontrole dentro do estabelecimento”. Ela explica que cada país tem suas particularidades sanitárias e que a equipe realiza várias etapas para garantir a segurança e implementação de autocontrole, tanto para mercado interno como externo. 

Toda a operação dos frigoríficos é acompanhada pelos fiscais do Serviço de Inspeção Federal (SIF), ligado ao MAPA, que fiscaliza toda a operação junto ao time de garantia da qualidade.

Até o final do ano, mais de 300 toneladas de carnes devem ser exportadas. “Uma satisfação muito grande saber que muito em breve países da Ásia, da África, até do Oriente Médio vão estar consumindo produtos saindo aqui do município de Canhotinho”, afirma Márcio. Que também explica que o processo de habilitação depende de uma cadeia de autorizações e dos processos definidos pela empresa e os acordos bilaterais entre Brasil e o país de destino.

Para ser fornecedor da empresa, o produtor precisa cumprir alguns requisitos, como: comprovar inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR), do Governo Federal, e cumprir a legislação de combate ao desmatamento ilegal; à sobreposição com unidades de conservação, terras indígenas ou quilombolas; embargos ambientais estaduais ou federais e ao trabalho análogo ao escravo. Essas exigências oficiais regem toda a cadeia de fornecedores da Masterboi, que também presta apoio e orientação aos produtores e pecuaristas não aptos, para que consigam  se adequar às regras socioambientais exigidas.

Sustentabilidade

A planta industrial frigorífica de Canhotinho também conta com planejamento de práticas de segurança ambiental, com o objetivo de aproveitamento máximo dos recursos naturais e redução de custos no consumo de água e energia elétrica. O uso racional de água consegue trazer uma redução de 20% no consumo de energia do sistema de refrigeração da fábrica.

Durante o processo de construção da unidade foram utilizadas paredes pré-moldadas e uma estrutura metálica galvanizada a fogo, resistente à corrosão. A estrutura é coberta com telhas zipadas com domos transparentes para que a luz natural entre com facilidade para a iluminação interna, reduzindo ainda mais os custos. 

Isso reflete o quanto a indústria pernambucana tem se destacado cada vez mais no cenário nacional e internacional. Um dos pontos chave tem sido, justamente, a preocupação com o meio ambiente e a capacidade de inovação e adoção de tecnologias proporcionando maior eficiência na produção, redução de custos, aumento da qualidade dos produtos e maior competitividade no mercado global. Resultando em um crescimento econômico cada vez mais sustentável. 


 

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