É urgente aplicar perspectiva de gênero na Justiça, diz Rosa Weber
Presidente do STF defende metodologia em todos os órgãos do Judiciário
Foto: Direitos Reservados
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, afirmou hoje (6) que é urgente a perspectiva de gênero ser adotada em todo o sistema judiciário brasileiro. 

“O olhar de gênero como metodologia é recomendação urgente para uma prática adequada e efetiva do sistema de Justiça”, afirmou a ministra, que, na manhã desta segunda-feira, participou da abertura de um seminário sobre a teoria e a prática da aplicação da metodologia no Judiciário. O evento ocorre por ocasião do Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado na próxima quarta-feira (8).
Rosa Weber frisou como as leis e normas foram historicamente concebidas “de forma a não considerar a mulher como ator político e institucional relevante na sociedade”, motivo pelo qual é necessário agora aplicar uma “lente de gênero” sobre essas normas abstratas, de modo a garantir igualdade de tratamento”.
“A abordagem teórica dos conceitos, em especial o da imparcialidade, exige de nós postura atenta às desigualdades históricas e estruturais no contexto social dos grupos vulneráveis, caso das mulheres, marcado por padrões discriminatórios reproduzidos nos desenhos institucionais e jurídicos”, acrescentou a ministra.
A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, disse também ser dever de “cada um dos órgãos do Poder Judiciário empregar ações concretas, visando assegurar que os julgamentos sejam permeados pelas lentes de gênero, superando estereótipos e neutralizando interpretações preconcebidas, de modo a dar efetividade à igualdade material estabelecida pelo legislador constituinte”.
Protocolo
Em 2021, o Conselho Nacional de Justiça apresentou um protocolo para que magistrados continuem a considerar questões de gênero na análise de casos concretos. O documento funciona como uma espécie de guia, explicando como aplicar conceitos e reduzir a reprodução de estereótipos.
O protocolo hoje tem força de recomendação, e o seminário do STJ tem o objetivo de discutir como ele vem sendo adotado na prática no sistema judiciário. Entre esta segunda e a terça-feira (7), serão apresentados resultados e desafios da metodologia.
A ideia é que, após a avaliação da experiência inicial, o protocolo possa ser aperfeiçoado e se torne uma resolução do CNJ, com aplicação obrigatória.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 10/12/2025
Prefeitura de Caruaru decreta ponto facultativo nas vésperas de feriado de fim de ano
Feira da Moda terá alteração na semana do Natal e não funcionará na...
- Por REDAÇÃO
- 08/12/2025
Carteira de motorista: novas regras passam a valer esta semana
Medidas podem reduzir em até 80% custo total da CNH
- Por REDAÇÃO
- 08/12/2025
Mutirão de renegociação de dívidas da Neoenergia e da Compesa é realizado em Caruaru
As condições variam de acordo com o tipo de dívida e o histórico dos...
- Por REDAÇÃO
- 04/12/2025
Caruaru abre concurso para fiscal de feira e técnico em segurança do trabalho
Inscrições poderão ser realizadas a partir da próxima segunda-feira (8)
- Por REDAÇÃO
- 04/12/2025
Grupo Asa Branca é finalista no prêmio Fiepe de Jornalismo 2025
CBN Caruaru, CBN Recife e TV Asa Branca somam cinco trabalhos entre os...
- Por REDAÇÃO
- 01/12/2025
Adagro prorroga prazo para atualização cadastral
Produtores rurais devem declarar rebanhos e garantir a regularidade junto à...