Diariamente, quase 500 crianças no Brasil são registradas sem o nome do pai

Com o Dia dos Pais ressurge a reflexão sobre o envolvimento dos pais na vida das famílias brasileiras. Dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen) referentes aos últimos cinco anos revelam que no país, por dia, quase 470 crianças são registradas sem a presença do nome do pai em suas certidões de nascimento.

Durante o período entre 2016 e 2021, foram contabilizados cerca de 16 milhões de nascimentos, dentre os quais 859,3 mil (5,33%) não contavam com a identificação paterna. Quando o pai é ausente ou recusa o registro, apenas o nome da mãe consta na certidão de nascimento.

Panorama por Regiões do Brasil:

De forma proporcional, a Região Norte lidera a ausência paterna em registros de crianças, com 7,5% referentes a 1.454.485 nascimentos (totalizando 109.594 pais ausentes). A seguir, Nordeste e Centro-Oeste ocupam o segundo e terceiro lugares respectivamente: Nordeste apresenta 5,7% de pais ausentes em relação ao total de 4.308.840 filhos (correspondendo a 249.578 genitores); no Centro-Oeste, a proporção de pais ausentes é de 5,3% em relação a 1.347.030 bebês nascidos (ou seja, 72.536 genitores).

Por sua vez, Sul e Sudeste mostram a menor proporção de pais ausentes, 4,7%: no Sudeste, dentre os 6.689.454 nascimentos, 319.518 pais não constam na certidão; e no Sul, em meio aos 2.297.124 nascimentos, 107.987 não possuem o nome do pai registrado na certidão.

O levantamento foi realizado com base no Portal da Transparência do Registro Civil, que permite acessar registros de todas as unidades federativas.

Cenário na Capital Federal

Em Brasília, cerca de 2,5 mil crianças têm apenas o nome da mãe registrado em suas certidões de nascimento. Esse número corresponde a 5,6% do total de nascimentos ocorridos na capital entre agosto de 2022 e julho deste ano, período que registrou mais de 44 mil nascimentos. Para saber mais detalhes sobre os números do Distrito Federal, clique aqui.