Contas públicas de agosto têm melhor resultado para o mês em duas décadas
Estatísticas fiscais do Banco Central apontam que diferença entre receitas e despesas públicas em agosto resultou em superavit de R$ 16,7 bilhões

Foto: Agência Brasil
O setor público bateu recorde em agosto com superavit primário de R$ 16,7 bilhões, melhor resultado nas contas públicas para o mês desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 2001. As estatísticas fiscais divulgadas pelo banco na quarta-feira (29), apontam que o resultado positivo é devido às contas superavitárias dos estados e municípios, em agosto. Dados da autarquia demonstram que os resultados primários para meses de agosto foram deficitários até 2013, com o maior superavit para o mês (até então) alcançado em 2006, quando as contas fecharam em R$ 10,4 bilhões.
O BC aponta ainda que, no mês passado, o governo central, ou seja, as contas públicas a nível federal, registrou deficit primário de R$ 11,1 bilhões, enquanto nos governos regionais e nas empresas estatais, os superavits foram de R$ 27,3 bilhões e R$ 484 milhões, respectivamente.
“Mesmo tendo tido deficit no governo central, também foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2017, quando (o saldo de contas do governo federal) registrou deficit primário de R$ 9,9 bilhões”, afirmou o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira.
De acordo com Rocha, um dos fatores que influenciaram no superavit dos estados e municípios em agosto foi o recebimento de R$ 15 bilhões por parte do estado do Rio de Janeiro referentes a uma parcela dos recursos adquiridos com a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). “Essa concessão ocorreu há alguns meses e os recursos foram recebidos pelo estado do Rio de Janeiro em agosto. Deve haver uma outra parcela no futuro”, informou o chefe de estatísticas.
A retomada econômica é demonstrada nos dados do BC do mês passado. O resultado, superavitário em agosto deste ano, foi de deficit de R$ 87,5 bilhões no mesmo período de 2020, em razão dos gastos com a crise sanitária no país. Segundo o banco, a dívida pública, que antes correspondia a 83,1% do Produto Interno Bruto (PIB), recuou para 82,7% do PIB (R$ 6,84 bilhões) em agosto. A evolução decorreu do crescimento de 1% do PIB nominal, da incorporação de juros nominais com aumento de 0,5% e do aumento de 0,1% nas emissões líquidas de dívida.
Por Correio Braziliense
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