Com preços classificados 'altos', venda de imóveis com desconto aumentam 68%
A percepção do comprador em relação à necessidade de descontos tem ligação direta com a realidade do preço que tem sido cobrado pelos vendedores e ou anunciantes de imóveis

Foto: Guga Matos
Após recuar para patamar próximo ao piso da série histórica, em março de 2023, o percentual de transações imobiliárias efetivadas com desconto aumentou, no horizonte de um ano, para 68% das transações – a maior marca desde julho de 2020 (69%), de acordo com dados do FipeZap. O aumento das transações com desconto, entretanto, não foi acompanhado de uma majoração do percentual de desconto - já que considerando as informações das transações efetivadas nos últimos 12 meses que envolveram alguma redução no valor, o percentual médio de desconto negociado entre os compradores e os vendedores se manteve praticamente estável (em 11%) -.
A percepção do comprador em relação à necessidade de descontos tem ligação direta com a realidade do preço que tem sido cobrado pelos vendedores e ou anunciantes de imóveis. Conforme os dados da pesquisa de perfil da demanda por imóveis do FipeZap, aqueles que avaliam os valores dos imóveis como “altos ou muito altos” até recuou de 75%, na amostra do 1º trimestre de 2023, para 73%, no 1º trimestre de 2024, mas manteve em um nível que é considerado alto. Paralelamente, o percentual de respondentes que enxergavam os preços atuais dos imóveis como “razoáveis” cresceu marginalmente de 15% para 17%, ao passo que percepção de que os preços atuais se encontravam em níveis “baixos ou muito baixos” se manteve estável (em 3%).
Expectativa de alta nos preços, mas desejo de comprar
Já em relação à expectativa de preços para os próximos 12 meses, a última leitura revela que o percentual de respondentes que projetavam alta nominal no valor dos imóveis cresceu de 38%, no 1º trimestre de 2023, para 41% da amostra referente ao 1º trimestre de 2024. Comparativamente, a participação de respondentes que partilham de uma expectativa de manutenção dos preços atuais oscilou de 23% para 24% no período, enquanto o grupo de respondentes que apostavam na queda perdeu representatividade, passando de 14% para 10%.
Em termos de variação esperada para os preços, a alta projetada por compradores que adquiriram recentemente um imóvel (+8,2%) superou as expectativas formuladas por aqueles que adquiriram há mais de 12 meses (+2,5%) e por compradores potenciais (+0,5%). Como resultado, a expectativa média agregada dos respondentes da Pesquisa Raio-X do 1º trimestre de 2024 projetou uma alta nominal de 2,2% para os preços dos imóveis nos próximos 12 meses.
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