Coluna – Uma ótima notícia para as brasileiras que jogam futebol
Ministra confirma Brasil como candidato à sede do Mundial de 2027

Foto: Direitos Reservados
O esporte no Brasil é recheado de ícones, mulheres e homens, muitos deles integrantes das grandes galerias mundiais, em várias modalidades. Aí estão Hortência e Oscar, no basquete; Ana Moser e Giba, no vôlei; Maria Lenk e Gustavo Borges, na natação. Cada um deles no seu espaço, reconhecidos individualmente por suas conquistas para o país. No entanto, quando se trata da craque Marta, nossa Rainha no futebol - eleita seis vezes a melhor do mundo pela Fifa -, não é raro se referirem à ela como “Pelé de saias”.
Estarei sendo preconceituoso em não concordar com essa denominação? Para alguns, talvez sim. Mas, pelo contrário, acho que a meia-atacante Marta tem um espaço que é só dela, conquistado por talento próprio, que não merece ser reduzido a uma comparação. Até porque são tempos distintos e modalidades diferentes. Os fãs de Pelé, por exemplo, discordam quando se fala que Marta fez mais gols que o Rei do Futebol, ou que bateu o recorde de gols marcados em Copas do Mundo. E ao não concordarem, reduzem o feito, como se isso fosse possível. Evidente que existe um quê de machismo nessa recusa.
E é dessa distinção que o futebol feminino no Brasil precisa: procurar cada vez mais se desvencilhar da história campeã do futebol masculino, buscando sua trajetória própria. Aliás, não custa lembrar que as meninas da seleção já são dirigidas por uma técnica estrangeira, algo que os meninos não têm.
Mas não é fácil, somos obrigados a reconhecer. Durante anos as mulheres foram até proibidas de jogar futebol no Brasil e, ainda hoje, muitas deles sofrem preconceito por praticarem m o esporte. O olhar por aqui é ainda muito distante do que prevalece no exterior e, não é à toa que o futebol feminino pela Europa e Estados Unidos esteja bem avançado com relação ao nosso.
No último programa Sem Censura, da TV Brasil, a ministra do Esporte, Ana Moser, anunciou a intenção de o Brasil sediar a Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027. A chegada desse Mundial, daqui a quatro anos, precisa ser confirmada, pois será efetivamente um marco para a modalidade no país. Que saibamos aproveitar o momento, trabalhar da melhor forma possível, com incentivos reais aos clubes - grandes formadores de mão de obra - para que valorizem a modalidade e invistam, não apenas por obrigação de regulamento.
* Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 19/05/2025
Corinthians e Bahia vencem em rodada de clássicos pelo Brasileirão
Timão afunda Santos; Tricolor supera expulsão precoce e bate Vitória
- Por REDAÇÃO
- 12/05/2025
Ginástica Rítmica: Brasil fecha etapa da Copa do Mundo com três ouros
Conquistas foram alcançadas em Portimão (Portugal)
- Por REDAÇÃO
- 05/05/2025
De forma dramática, Brasil vence Itália no Mundial de futebol de praia
Mauricinho, autor dos dois gols, deu a vitória ao Brasil
- Por REDAÇÃO
- 27/03/2025
Operação mira torcidas organizadas e cumpre mais de 40 mandados de prisão em Pernambuco
Investigação começou após tumulto antes de clássico entre Sport e Santa...
- Por REDAÇÃO
- 25/03/2025
Sport e Retrô disputam final do Pernambucano no dia 2 de abril
Leão joga pelo empate para ser tricampeão, enquanto Fênix precisa vencer...
- Por REDAÇÃO
- 25/03/2025
Central anuncia contratação do meia Kauê, ex-Brasil de Pelotas
Jogador de 27 anos reforça o elenco alvinegro para a disputa da Série D do...