CEOs expressam preocupação com a viabilidade econômica das empresas a longo prazo
Um terço dos líderes empresariais teme que suas organizações não sejam viáveis em uma década

Foto: Google Imagens
Um terço dos CEOs do Brasil e do mundo expressam preocupação com a viabilidade econômica de suas organizações nos próximos dez anos, de acordo com a 26ª CEO Survey realizada pela PwC. A pesquisa, conduzida ao longo de 2022 em 105 países, revelou que mais de 4.400 executivos participaram, incluindo um número significativo de líderes brasileiros de empresas com receita de até US$ 50 milhões.
Tanto no Brasil como globalmente, 73% dos CEOs acreditam que a economia global enfrentará uma desaceleração nos próximos 12 meses. No entanto, uma parcela considerável deles prevê crescimento da receita de suas empresas e acredita em uma trajetória oposta para suas economias locais, especialmente os CEOs brasileiros.
Embora haja uma proporção ligeiramente maior de executivos que acreditam em uma aceleração (21%) em comparação com a média brasileira (17%) e global (18%), os líderes brasileiros mostram-se mais otimistas em relação ao próprio país (70%) do que a média global (29%) e também acima da média nacional (66%).
De acordo com Helena Rocha, sócia da PwC-Região Nordeste, os CEOs percebem a necessidade de reinventar seus negócios nos próximos dez anos para se manterem economicamente viáveis. Ela também destaca o pessimismo em relação à desaceleração econômica, sendo que os CEOs brasileiros estão mais confiantes em relação aos negócios locais do que seus pares globais.
Outro aspecto relevante da pesquisa é a importância do ESG (Ambiental, Social e Governança) que ainda é pouco explorado e comunicado no Brasil, segundo Helena. Ela ressalta que os brasileiros têm um longo caminho a percorrer em termos de comunicação estratégica nessa área.
A 26ª CEO Survey também revelou as principais preocupações dos CEOs brasileiros para os próximos 12 meses, sendo a inflação (39%), a instabilidade macroeconômica (38%) e os riscos cibernéticos (27%) as principais ameaças. No horizonte de cinco anos, a instabilidade macroeconômica (32%) é considerada a mais relevante, seguida pela inflação (23%) e conflitos geopolíticos (21%).
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