
Brasil segue como o pior país em retorno dos impostos à sociedade
O IBPT analisou os 30 países com a maior carga tributária nos últimos anos

Foto: Fernando Frazão
Apesar do aumento constante na arrecadação tributária no Brasil, o país ainda continua a ser o que menos investe em benefícios para a qualidade de vida de sua população. Estes dados são revelados pela 13ª Edição do Índice de Retorno ao Bem-Estar da Sociedade (IRBES), um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT).
O IBPT examinou os 30 países com a maior carga tributária nos últimos anos, revelando que o Brasil, pela 13ª vez consecutiva, permanece na última posição em termos de retorno dos valores arrecadados para o bem-estar da sociedade. Em contraste, a Irlanda, líder pela sexta vez, é reconhecida como a nação que melhor utiliza os fundos arrecadados em iniciativas para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.
De acordo com o estudo, apesar da alta arrecadação, o Brasil demonstra um retorno inadequado desses recursos, inclusive ficando atrás de países sul-americanos como Uruguai (9º) e Argentina (22º).
O presidente do IBPT, João Eloi Olenike, um dos autores do estudo, enfatiza a urgência de adotar medidas que promovam uma aplicação mais eficaz dos recursos tributários em prol da população.
"É crucial que esses países se dediquem a políticas públicas que impulsionem o desenvolvimento humano e melhorem as condições de vida de seus habitantes. O desafio reside em encontrar métodos eficazes para direcionar os recursos arrecadados para áreas críticas que beneficiem a sociedade de forma positiva", afirma.
Os dados também revelam que, além da Irlanda, países como Suíça, Estados Unidos, Austrália e Coreia do Sul, considerados desenvolvidos, são os que melhor aplicam os recursos tributários para melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos.
"Desde a primeira edição do estudo, o Brasil tem permanecido na última posição entre as 30 nações do ranking, evidenciando que os recursos provenientes da arrecadação de tributos continuam sendo mal utilizados no país. Apesar da carga tributária elevada, comparável à de países desenvolvidos como Reino Unido, França e Alemanha, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) nacional reflete um nível de desenvolvimento humano muito baixo, o que é um alerta para a necessidade de melhorias urgentes", ressalta o presidente do IBPT.
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