Avião de Marília Mendonça caiu por causa de negligência, diz Polícia
Inquérito foi arquivado porque piloto e copiloto morreram no desastre
Foto: Wikimedia Commons
A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu que negligência e imprudência foram as causas da morte de cinco pessoas, incluindo a cantora Marília Mendonça, em um acidente aéreo no dia 5 de novembro de 2021. Ficou evidenciada a prática de homicídio culposo por parte do piloto e do copiloto da aeronave, mas o inquérito foi arquivado devido ao falecimento dos dois no acidente. 

A aeronave modelo Beech Aircraft caiu momentos antes do pouso em uma cachoeira do distrito de Piedade de Caratinga, no município mineiro de Caratinga.
Para chegar a essa conclusão, a Polícia Civil descartou outras hipóteses que teriam motivado o acidente. O laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) descartou qualquer problema técnico na aeronave, e o Instituto Médico Legal negou problemas de saúde nos pilotos, como um mal súbito. Também foi descartado um eventual atentado.
No dia do acidente, a aeronave se chocou com uma torre de transmissão de energia que não era sinalizada. Segundo a Polícia Civil, a sinalização não era obrigatória por causa da altura das torres e da distância que ela está da zona de proteção do aeroporto.
Segundo o delegado de Caratinga, Ivan Lopes, os manuais da aeronave determinavam que os pilotos observassem previamente a proximidade de morros e antenas. “Era um dever de quem comandava a aeronave ter feito essa análise prévia”, disse Lopes. O delegado acrescentou que havia cartas aeronáuticas que possibilitariam aos pilotos identificar torres no local.
Para o advogado Sergio Alonso, que representa a filha do piloto, a conclusão da Polícia Civil é “absurda e lamentável”. Sérgio Alonso afirmou que o acidente ocorreu pela falta de sinalização da torre de transmissão da Cemig e pela falta da carta de aproximação, que traz os detalhes do local de pouso.
“Para comprovar isso, a Cemig, no dia 1º de setembro, atendendo solicitação do Cenipa, sinalizou a rede. E o Decea [Departamento de Controle do Espaço Aéreo] fez a carta de aproximação e ainda elevou a altitude do tráfego aéreo na região. Consequentemente, se isso tudo tivesse sido feito antes do acidente, o acidente não teria ocorrido”, disse Alonso à Agência Brasil.
Texto ampliado às 9h57 do dia 5 de outubro para incluir fala do advogado da filha do piloto, que morreu no acidente.
Por Agência Brasil
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