11 mortes por arboviroses são investigadas em Pernambuco

Uma investigação está em andamento para identificar as causas de 11 óbitos ocorridos até o dia 9 de abril que podem ter motivação por causa da alta do número das arboviroses no Estado. Até a data Pernambuco soma 9.549 casos suspeitos de dengue, 4.966 de chikungunya e 424 de zika.  As informações são da Secretaria de Saúde do Estado, que nesta semana recebeu notificação da morte de uma adolescente de 13 anos, de Caruaru, no Agreste do Estado, com sintomas sugestivos de dengue grave, popularmente conhecida como dengue hemorrágica. O registro foi o primeiro óbito suspeito de 2022 decorrente de prováveis complicações da doença. 

Ainda de acordo com a secretaria de saúde estadual, entre as 11 mortes suspeitas de arboviroses registradas, em Pernambuco, cinco (45,5%) são do sexo feminino e seis (54,5%) do sexo masculino. Os pacientes tinham de 2 a 86 anos de idade. As faixas etárias são: 0 a 9 anos (2); 20 a 29 anos (2); 40 a 49 anos (2); 50 a 59 anos (02); 60 a 69 anos (01); 70 a 79 anos (01); 80 e mais (01).

As mortes suspeitas e em investigação são notificadas nas cidades: Águas Belas (1), Brejo da Madre de Deus (1), Jaboatão dos Guararapes (2), Recife (1), Macaparana (1), Nazaré da Mata (1), Petrolina (3) e Vitória de Santo Antão (1). 

Até o dia 9 de abril Pernambuco soma mais de 14.900 casos de arboviroses, sendo 146 eram mulheres gestantes. Dessas,116 realizaram coleta para análise laboratorial: 9 tiveram confirmação para dengue, 20 para chicungunha e 33 obtiveram resultado negativo para zika.

Em relação ao número de casos prováveis, quando se compara com o mesmo período do ano anterior, observou-se aumento de 82% nos casos de dengue, 84,3% nos casos de chikungunya e 18,7% nos casos de zika.

Ainda neste ano, foram confirmados 663 casos de dengue e 833 de chicungunha. Não há confirmações para zika. 

A secretaria de saúde de Pernambuco alerta que sobre os casos mais prováveis de adoecimento por arbovirose o maior risco está na  população entre 5 e 9 anos para dengue, de 40 a 49 anos para chicungunha, entre 0 a 4 anos e 10 a 14 anos para zika. 

Reportagem Fernando Alvarenga