Produção industrial caiu 0,2% em fevereiro
Mês registra terceiro resultado negativo seguido
Foto: Agência Brasil
Na passagem de janeiro para fevereiro, a produção da indústria nacional registrou variação negativa de 0,2%, acumulando queda de 0,6% por três meses consecutivos. A produção da indústria nacional ainda está 2,6% abaixo do patamar pré-pandemia da covid-19, que considera como marco o mês de fevereiro de 2020. O resultado também ficou 19% abaixo do recorde da série, alcançado em maio de 2011.
A Pesquisa Industrial Mensal (PIM) foi divulgada nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação anual, a queda foi de 2,4%. No acumulado do ano, a retração está em 1,1%, e nos últimos 12 meses, o indicador registra queda de 0,2%.
Atividades
De acordo com o IBGE, nove das 25 atividades pesquisadas na PIM recuaram em fevereiro, com queda de 1,1% nos produtos alimentícios, 1,8% nos químicos e redução de 4,5% nos farmoquímicos e farmacêuticos.
A pesquisa destaca a queda na produção de carnes bovinas, aves e suínos, sucos e derivados da soja, influenciada pela suspensão das exportações de carne para a China, devido ao mal da vaca louca no final de fevereiro.
Outras reduções importantes ocorreram nas atividades de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (3,5%) e de produtos de metal (1,4%).
Entre as 16 atividades que tiveram alta no período, o IBGE destaca as indústrias extrativas, que cresceram 4,6% após a expansão de 3,4% registrada em janeiro. Outros crescimentos importantes vieram dos setores de bebidas (3,6%); coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,5%); impressão e reprodução de gravações (11,2%); produtos diversos (4%); metalurgia (0,8%); e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2%).
Entre as grandes categorias econômicas, a principal influência para a queda veio dos bens de consumo duráveis, com queda de 1,4%, intensificando a queda de 1,2% registrada em janeiro. Bens de consumo semi e não duráveis tiveram recuo de 0,1%, após quatro meses de alta. Apresentaram crescimento os setores de bens de capital (0,1%) e de bens intermediários (0,5%).
Na comparação anual, a PIM revela que o setor industrial caiu 2,4%, com retração disseminada por 17 dos 25 ramos analisados. Nessa análise, as principais influências negativas foram dos produtos químicos (8%); produtos alimentícios (3,8%); veículos automotores, reboques e carrocerias (6,1%); e máquinas e equipamentos (9%).
Foram registradas altas em oito atividades, com destaque para as indústrias extrativas (5,1%), impulsionadas pelos itens minérios de ferro e óleos brutos de petróleo.
Por Agência Brasil
Notícias Relacionadas
- Por REDAÇÃO
- 31/05/2024
Prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda finaliza nesta sexta (31)
Receita Federal espera receber 43 milhões de declarações em 2024
- Por REDAÇÃO
- 31/05/2024
Receita paga o maior lote de restituição do IR da história nesta sexta (31)
Cerca de 5,6 milhões de contribuintes receberão R$ 9,5 bilhões
- Por REDAÇÃO
- 31/05/2024
Abimaq: nova lei para indústria deve gerar R$ 20 bi em investimentos
Associação disse que lei era demanda antiga do setor
- Por REDAÇÃO
- 30/05/2024
Cerca de 6,4 mi de contribuintes ainda não entregaram declaração do IR
Fisco espera receber 43 milhões de documentos neste ano
- Por REDAÇÃO
- 30/05/2024
Dívida Pública sobe 0,99% em abril e ultrapassa R$ 6,7 trilhões
Contabilização de juros básicos puxou alta no mês passado
- Por REDAÇÃO
- 30/05/2024
Desemprego global deve cair em 2024, mas progresso lento preocupa OIT
Mulheres são mais afetadas pela falta de oportunidades, diz relatório